quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Enquanto eu olho você dormir

Meu filho adorado, entrei devagarinho no seu quarto enquanto você dorme, para sentar ao seu lado e observar você por um instante. Seus olhos estão fechados, um cacho do cabelo cai sobre a testa e a respiração faz seu peito subir e descer quase imperceptivelmente. Eu estava trabalhando no escritório e de repente fui tomada de uma grande tristeza quando pensei no que aconteceu durante o dia. Não consegui mais prestar atenção no meu trabalho e então vim conversar com você no seu silêncio, enquanto você descansa.
De manhã, perdi a paciência e disse que você parecia uma lesma, porque levou um tempo enorme para se vestir. Depois, fuzilei você com os olhos quando derramou geléia na blusa limpa durante o café da manhã. "De novo?", suspirei fundo. Você apenas sorriu e se despediu: "Até logo, mamãe!"
À tarde estava no telefone enquanto você brincava no meu quarto, chutando a bola contra a parede do fundo e comemorando em voz alta cada vez que acertava um gol imaginário. Irritada, interrompi a ligação de quase uma hora para mandar você parar e ir fazer o dever de casa. "Tá bem, mamãe", você disse, meio culpado, e foi pegar a pasta para me obedecer.
À tarde, enquanto eu trabalhava em minha escrivaninha, você se aproximou e, hesitante, pediu: "Lê uma história para mim esta noite, mamãe?" Nos seus olhos, um brilho de esperança. "Esta noite, não", eu disse, rudemente. "Seu quarto ainda está uma bagunça! Quantas vezes vou ter de mandar você arrumar suas coisas?" Você saiu arrastando os pés, com a cabeça baixa, e foi para o quarto. Logo depois voltou, ficou encostado na porta. "O que você quer agora?", perguntei com a voz impaciente.
Você não disse uma só palavra, mas entrou decidido no quarto, jogou seus braços ao redor do meu pescoço e beijou meu rosto. "Boa noite, mamãe. Eu amo você." Foi tudo o que me disse, me apertando com força. E, tão rapidamente como apareceu, você se foi.
Depois disso, fiquei sentada um bom tempo, olhos fixos na mesa, sentindo uma onde de remorso me invadir. O que é que tinha acontecido comigo? Você não havia feito nada com a intenção de me aborrecer. Estava apenas sendo criança, se ocupando em crescer e aprender. Eu me perdi hoje num mundo adulto de responsabilidades e cobranças e fiquei com pouca energia para lhe dar. Você foi meu professor com seu impulso tão espontâneo de entrar no quarto e me beijar, mesmo depois de um dia difícil, enfrentando meu mau humor.
E agora, enquanto vejo você dormindo, torço para o dia chegar e começar tudo de novo. Amanhã vou usar a mesma compreensão que você teve comigo hoje, para que eu seja uma mãe de verdade – oferecendo um doce sorriso quando você acordar, uma palavra de apoio depois da escola e uma história animada na hora de dormir. Vou rir quando você rir e chorar quando você chorar. Vou tentar colocar limites com suavidade e afeto. Vou me lembrar que você é apenas uma criança, não um adulto, e vou ficar feliz por ser sua mãe. A alegria do seu espírito me tocou hoje e, assim, vim aqui, tarde da noite, agradecer a você, meu filho, meu professor e meu amigo, pela dádiva do seu amor.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

NAO SEI EXPLESSAR A DOR QUE SINTO EM PROCURAR MEU AMORZINHO E NAO ACHA-LO .ESTOU MORRENDO AOS POUCOS CADA DIA QUE PASSA DÓI MAIS A SUA AUSENCIA PARECE QUE SÓ EU SINTO SUA FALTA .SEI QUE NINGUÉM PODE FAZER NADA POR MIM. SE PUDESSEM FARIAM. AS PESSOAS ME VER RINDO MAS NAO SABEM QUE POR DENTRO ESTOU CHORANDO AS VEZES TENHO QUE FICAR SOZINHA PRA PODER CHORAR. PORQUE NINGUEM PODE FAZER NADA POR MIM. NÃO QUERO QUE FIQUEM TRISTE COMO EU . AGORA É TAO DÍFICIL VIVER PEÇO A DEUS QUE ME LEVE PRA PERTO DELE PORQUE AOS POUCOS ESTOU MORRENDO . QUERO SER FORTE MAS NÃO SOU. SEMPRE TEMIA QUE ISSO ACONTECESSE . PARECIA QUE EU JÁ SABIA. EU ESTAVA MUITO FELIZ TINHA UMA FAMÍLIA QUE APESAR DA DOENÇA DO MEU FILHO, DAS BRIGAS MAS ERAMOS FELIZES E TINHA MEDO QUE ESSA FELICIDADE ACABASSE . ERA COMO SE EU SOUBESSE QUE EU NUNCA SERIA FELIZ. MAS ERA E NÃO SABIA. TEMIA QUE ESSA FELICIDADE ACABASSE. SENTIA QUE ELE UM DIA IRIA EMBORA E NÃO QUERIA QUE ACONTECESSE PORQUE O AMAVA DEMAIS. FALAVA COM DEUS PEDIA PORFAVOR NÃO LEVE O QUE EU MAIS AMO E QUE EU NÃO AGUENTARIA ESSA DOR E DEUS ME DISSE QUE SIM EU AGUENTARIA EU NÃO SERIA A PRIMEIRA MAE A PERDER UM FILHO. MAS EU TEMIA QUE ELE ME PROVASSE DESSE JEITO. FIZESSE TUDO COMIGO MAS NÃO LEVASSE ELE DE MIM . ELE QUERIA VIVER LUTAVA MUITO PRA VIVER. ELE FICAVA RESPIRANDO FORÇADO POR CAUSA DA SONDA NO SEU NARIZ PRA SE ALIMENTAR PORQUE NÃO SE ALIMENTAVA PELA BOCA SE INTALAVA E A COMIDA PODERIA IR PRA OS BRONCOS . NÃO ANDAVA DOIA SUAS JUNTAS , NÃO FALAVA NÃO PODIA ME DIZER O QUE ESTAVA SENTINDO . MAS QUANDO SENTIA DOR CHORAVA. GOSTAVA QUANDO COLOCAVA EM MEUS BRAÇOS MAS NÃO PODIA FICAR COM ELE O TEMPO TODO NO BRAÇO ELE ERA PESADO A PESAR DE SER MAGRO PORQUE NÃO ESTAVA SE ALIMENTANDO PELA SONDA . FIZ O QUE PODIA POR ELE E AINDA PENSO QUE PODERIA TER FICADO MAIS TEMPO COM ELE SE TIVESSE A CERTEZA QUE IRIA EMBORA . AGORA SÓ ESPERO QUE DEUS ME LEVE PRA PERTO DELE . QUERO ENCONTRA-LO ELE AINDA VAI ESTA COMO ELE FOI UMA CRIANÇA LINDA E SERÁ QUE VAI ME CONHECER . SERÁ QUE LEMBRARREI DE TUDO QUE ACONTECEU AQUI NA TERRA